MÃOS DE POETA


Tuas mãos que eu toco e beijo
a mim me parecem tão belas...
Têm vida própria

- são ternas,
e fremem inquietas de anseios
a descobrir praias novas
quando, esquecidos de tudo,
rolamos despidos na areia,
mão nas mãos, fazemos roda.

Tuas mãos de dedos longos,
tuas mãos de unhas retas...
Não sei bem...

mas me parece...
tuas mãos são de poeta!


         .  .  .

 
Dessas mãos abençoadas
vertem versos sem camisa,
brilhantes da alma fadada
a eternizar-te poetisa.