A PROSTITUTA E O CRENTE

A prostituta ia à igreja

Religiosa fervorosa

Apesar dos seus pecados

Clamava a Deus perdão

Uma vida melhor

Orava, orava, orava

Bondosa fazia caridade

Ajudava quem precisasse

Sem se importar ou frescuras

Não fazia segregação

Em sua mesa sempre cabia outro prato

Era uma boa mulher.

O crente cresceu dentro da igreja

Mas era frio e hipócrita

Deus não passava de amuleto

A Bíblia um muro contra pobres

Um tanto sem sentido

Pecava feito condenado

Não chegava perto de um necessitado

Não dividia o pão

Odiava ter que ouvir seu próximo

Todavia era santo

Santo homem.

Quem está certo?

Quem está errado?

Quem vai pro céu?

Não aponte o dedo

Pois estará julgando

E será que você está preparado

Para ser julgado?