Noites Febris
Noites Febris
Acometido por flagelos inomináveis
Imerso na turva tela de alucinações
Noites febris...Agonias incontáveis
Morbidez demoníaca de ilusões
Meu corpo em sua plena demência
Retorce-se em dolorosa convulsão
Minha alma clama divina clemência
Roga ao pai, mas são palavras em vão
Oh! Desventurado e herege sofredor
Palavras belas para um poeta maldito
Deverá perecer neste antro de dor
A fim de pagar pelo seu vil delito
Só assim, ébrio vagante moribundo
Silenciará de uma vez seus pecados
Purificará seu espírito imundo
E seu coração possa ser restaurado
Eduardo Benetti