Noites Febris

Noites Febris

Acometido por flagelos inomináveis

Imerso na turva tela de alucinações

Noites febris...Agonias incontáveis

Morbidez demoníaca de ilusões

Meu corpo em sua plena demência

Retorce-se em dolorosa convulsão

Minha alma clama divina clemência

Roga ao pai, mas são palavras em vão

Oh! Desventurado e herege sofredor

Palavras belas para um poeta maldito

Deverá perecer neste antro de dor

A fim de pagar pelo seu vil delito

Só assim, ébrio vagante moribundo

Silenciará de uma vez seus pecados

Purificará seu espírito imundo

E seu coração possa ser restaurado

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 31/03/2015
Código do texto: T5189867
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