já não há mais afeto

já não há mais afeto,

só me resta azedo olfato.

eu sou sim, teu objeto

e isso sempre foi fato.

de ti me afasto, quieto.

eu, há tempos, me abato.

"fico", abandono o trajeto,

como já disse torquato.

sepulto pueril dialeto,

vou perdendo pulso e tato;

veneno, na veia, injeto -

de ti me retiro, me mato.

Marcio Evair
Enviado por Marcio Evair em 31/03/2015
Código do texto: T5189422
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