E só hoje eu andei
E só hoje eu andei
Descartei as hastes que me sustentavam
Mas que imobilizavam meu jeito de ser
Só hoje pude entender
Que as pessoas que me amavam
Eram as mesmas que me aprisionavam
Sugando de mim o ápice lúdico e oculto
Só hoje degustei
O cálice cálido e profano
Do que é em mim mundano
Do meu universo puro à renascer
Enfim, viajarei
Ao interior de todos os meus sonhos
Saboreando cada página de cada poesia
Abrindo um mundo que já desconhecia
Do sertão ao litoral, na imensidão dessa
Vida que jazia.
Marcelo Catunda (27/03/2015)