Corvujas...

Do noturno, saltou a lamina que a água pos,

Enlace de trejeitos que o riso encabula,

De qual meia-noite a parede perfura,

Aquele condado, bem além do vasto bosque,

Novos jardins se descortinam na manhã,

Alguns trafegam solertes na pedra dura,

Do que calça a terra pura em mato alheio,

Sim, todas as faltas procuram as lágrimas,

Na vasta lembrança e daquilo que não pode ser feito,

Cicatrizes perambulam pela pele, quase indecentes,

Só o pio que o ar refuta no beijo perdido,

Quanto mais chora o coração pela perda,

Encontra no dia-a-dia alguns risos generosos,

Vislumbrando entre nuvens aquele sorriso, tudo bem...

A ausência é a falta mais sentidos, todos os sentidos,

Dos vapores que se furtam pelas frestas,

Mais um brilho se desloca pela face,

Essa lágrima que insiste em escorrer,

Pairando no canto do peito quase queimando,

Como sentir a doce voz... Aquele tudo bem...

Dessas dores que demoram a passar...

Outra música e a lágrima não quer secar...

Peixão

2015

Peixão
Enviado por Peixão em 30/03/2015
Código do texto: T5188299
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