Tango triste


Talvez hoje consiga entender as sutilezas
De um tango triste quiçá cantado por Gardel,
Sucesso à era anterior a minha juventude,
Que contava de um homem a vicissitude
De se ver arrostado, de repente, do céu
E lançado em um mundo sem mais belezas.


Em seus acordes tristes, cantava assim:
“Antigamente em meus tempos de ventura,
Quando eu voltava do trabalho para o lar...”
E falava dos infortúnios daqueles que, no bar,
O convidavam copo em riste a viver a aventura
De beberem talvez grátis uma dose de gim.
 
E dizia: - “Entra, mano, que fulano vai pagar”,
Procurando mostrar a solidão de todos esses
Que vivem nos bares, garrafa e copo à frente,
Sem ter quem os aguarde em casa, dementes
que carregam as próprias solidões, por vezes
Sem saberem o que é ser amado ou amar.
 
Ele se recusava, tinha a amada que em seu
Lar o aguardava de braços abertos à espera.
Finaliza, ele sentado à mesma mesa de bar,
Instando a que bebam, como ora faço, sem lar,
Sem a amada que se transformou em quimera,
A todos convidando - Hoje quem paga sou eu!!!


* * * * * 
 
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À busca da felicidade
À mulher nua
A velha senhora
Amor infinito
Anatomias de Vênus
Às vezes
Delírio
Entre Parênteses
Escrevendo em teu corpo
Ilusões de um Poeta
Infinitude
Momentos de Luxúria
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O fogo de teu corpo
Os sonhos não morrem jamais
Por todas nossas vidas
Quando eu me chamar saudade
Suave essência
Um sonho que foi sonhado
Você me enlouquece
Voo d´Alma
 
LHMignone
Enviado por LHMignone em 29/03/2015
Reeditado em 19/04/2016
Código do texto: T5188016
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