chegou urgente, como quem assalta
chegou urgente, como quem assalta,
escorrendo pelo meu peito raso;
meu peito, desvirginou, por acaso –
fez amor transbordar, com revolta.
se, de você, passo a sentir falta,
com as paredes, meu corpo, colapso;
sem ponderar, quebro vaso por vaso
e outro espatifar de cacos resulta.
profiro essa dependência oculta
que me domina tal qual cigarro.
me extasio e, em desespero, arfo
quando me abraça e logo me solta…
mas enquanto teu braço me envolta,
em teu tão afável peito, eu jazo –
nas batidas do teu coração viajo
nesse instável caminho sem volta.