Ritual - 01
Alma fria aos poucos se esvai na tumba rasa.
A sobrançaria de corpo amorfo, frio a caminho
Um tétrico e catastrófico formal o acompanha
Cânticos diferentes numa multidão de vozes.
Ovações, delírios hilários a homenagear o féretro
Hilários gritos na tarde nebulosa deste infausto
Na cova baixa permanece a alma em aguardo consolo
Numa espera que atrasa o funeral lúgubre que chega
A insanidade em sua temperança mórbida. Aguarda!
Pelo final do esquife medonho, em ritual ovacionado
Impactadas corujas e gralhas assistem e dão risadas
No campo santo a bruxaria funesta desliza a campa.
Nilópolis, 29/03/2015.