nunca entendestes os poemas
nunca entendestes os poemas -
meu recado em forma de choro;
nesse mar de desdém tu remas,
sem ouvir meu grito de socorro.
não bastasse, apertas as algemas,
depois não entendes se corro;
tu nutres esses mesmos dilemas
enquanto, aos poucos, eu morro.
as desculpas, sempre as mesmas.
logo sumirei em alto esporro -
fugirei do maior dos problemas,
desse amplo mato sem cachorro.