Gente indigente
Os meus sonhos estão ficando calados
Gritaram bem alto, fazendo ameaças
Vão se calar para sempre...
A velhice é da vida, o ventre
Trasmutação de uma oportunidade
Que jamais voltará, ou existiu de verdade
E na busca de descrever o que aqui dentro impera
A cabeça doi, enquanto o compo desconsidera
O olhos nada além do físico enxergam
E o corpo nada além do espiritual busca
Sempre querendo estar onde não se encontra
E nunca atento aos momentos de plenitude
Onde qualqer mera atitude é desperdício de existir
A intensidade, na verdade nos faz sentir
Que a morosidade é o grito de uma aura de vitalidade
Dentro do corpo que quer adormeçer
Me encontro nas intensas garras das vibrações
Do excesso ou da falta de todo tipo de ações
Vou parado, sentindo sair do canto,
O eu de hoje, por hora está bom, até enquanto
O sol e a lua não mudam o expediente
Alterando o indivíduo que em sí
Carrega os sentidos de milhões
Gente indigente, a cara das multidões