Guia-me

Guia-me

Bem sei que seria no imprevisto sentir.

Quando seu toque mais foi suspiro que certeza,

e na resposta a seu olhar, belo q’encanta.

Retorno-me, na junção a ti...

Declarante cavaleiro do tempo

nas bordas de meu contento

Em um vento de nome amor.

Sem medo, pois mais não sei

evitar seus confortos, meu leito.

Reges um canto na graça mais fêmea

que sempre esperei

Chorar nem sequer abala teus fortes

mais breve que numa morte

vive intensa a guiar,

um vale de dores e afagos

que nem n’último gole do amargo

supri os anjos a me ajudar.

A verdade és,

olhando veloz e eterna...

e meu peito se desfaz,

na queda deste muro, de pedra e de perdão.

Branda-me os dias, que estes se farão,

uma vida por sua vida, um olhar nessa alegria...

Na imensidão.

Camper
Enviado por Camper em 19/09/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T51858