Querida Ilha!

Vou ao Mercado Público,

o de Floripa, é claro,

relíquia dos séculos.

Ói, ói, ói, ver os peixes,

ver tantos frutos...

do mar dessa ilha amada.

Vou comprar uma tainha

e camarão para rechear.

E aquela paradinha para

um caldo de cana ou

talvez uma cervejinha!

Vou pelas belezas da Beira-Mar

até chegar à mágica Lagoa...

da Conceição, da inspiração,

dos poetas e enamorados,

dos apaixonados pela ilha mimosa.

Vou num segundo, ou num século,

até o Pântano do Sul ver a pescaria...

e os urubus de majestosas asas

e andar malemolente

a cobiçar os peixes dos pescadores amigos.

Vou depois descansar no Ribeirão...

da Ilha, uma pedra preciosa!

com casario de outras épocas

freguesia perdida e encontrada

entre morros a mirar a terra firme.

Vou assim, a vida inteira

faceira da vida

por teus recantos passear

num fascínio só, sem jamais

cansar de te admirar

Querida Ilha!

Ana Esther

(25/03/2013)

*Este poema foi publicado na 8a Antologia da Associação dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses (2014).