Miragem

E de repente me apareces,

Como perdido no sumiço do nada.

Reluzente, como a primeira estrela,

Revestido de luz própria.

Emprestando tua claridade,

Para iluminar meus momentos.

Vezes tão negro, tão frio!

Traz nos olhos, uma canção,

E nos lábios, o mesmo sorriso,

Antigo, amigo, irmão.

Em meu, peito brilhou a esperaça.

Meu corpo todo treme, de emoção.

Antecipando sensações... que sei viram!

Tênue momento, fugaz sentimento de encontro,

Oscilo entre soluços e risos... felicidade tem disso.

Mais, num segundo de silêncio, sua luz se vai!

Me sinto, abandonada num hermo.

Mergulho minha alma,

Num mar de solidão.

Lugar, já meu tão conhecido,

Nunca almejado.

Mais, sempre presente em minha vida.

Meu ser inteiro, submerge.

Junto com mágoas, tristezas, lembranças...

E a saudade me engolfa.

Choro!

Meus soluços, salientam meu desespero,

E a vontade louca, de te amar... mais uma vez.

Hoje, continuo vagando sem rumo.

Entre lágrimas e risos,espalho meu canto.

Relatando aos ventos,

Meus medos, desconfianças,...

A minha única certeza,

É a de que te quis muito,

E te perdi.

Observadora
Enviado por Observadora em 19/09/2005
Reeditado em 04/05/2006
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