Rasgo o meu peito.

Com esta adaga rasgo o meu peito

Para mostra-te o meu coração ferido

Em meu colo a mortalha em sangue

Exaure e respinga sofrimento e dor

Singelo é o sangue que te mostra a alma

Deste grande afeto que não será refeito

Escarnecido meu corpo morno ainda sente

Os delírios de tuas frígidas mãos ausentes

Desaba inerte meu corpo sobre a mesa fria

No mármore gélido, o quadro está perpetuado

Desbotado, descolorido em panos sem arrestas

Visões fenecem a implorar-te o amor que juraste

Lembranças permaneceram por certo no gráfico

Momentos exaustivos em que a morte pausada

Sem piedade e sem amor, grita incessantemente

Ecos frios respondem embarcados. Ele pereceu!

Observação: Gostaria de dizer aos leitores quê, em

noventa por cento dos meus escritos, são inspirados em

fotos e imagens.

Somente retrato em textos a inspiração que se acer

-ca desta dádiva divina de poder escrever.

Embora sozinho, sou alegre e dentro de um contexto

sou feliz por adorar a vida.

Nilópolis, 27/03/2015.