CINZAS


Vida sem vida, pois só restam as cinzas.
De tudo o que foi nada permanece, nem
O pouco do que se pensa não marca lembrança.
Como foi colorida no princípio do caso, desbotou.

Perde sem o lucro nas noites de fantasia.
Templo sagrado faz temer continuidade.
Passado o tempo em utopia de pura ilusão,
Caminha sem rumo, triste destino acontece.

Esforço tremendo tenta salvar, porém é
Frágil quando poderia ser o dono da ninfeta.
Suspeita-se da malandragem existente nos arredores.
Esconderijos escandalosos do lugar aconchegante.

Idealiza sem conclusão os rastro das cinzas,
Antes arco-íris perdendo a cor do amor livre.
Lamentos uivando como lobo na noite de lua cheia,
Desequilibra coração apaixonado coberto de
Tantas cinzas, quando não era uma quarta-feira.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 25/03/2015
Reeditado em 25/03/2015
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