Prostração

Retoque a maquiagem escorrida na pele,

Do choro de derrota de alma vencida.

Joelhos feridos do castigo que impele

Ao solo os prostrados de fé esquecida.

Suspenda os urros de angústia, sofridos!

O eco de miséria que assombra o infinito.

Quem desiste de um sonho, jaz intumescido,

Na vala desgraçada de um pobre proscrito.

E assim permaneças em mórbido estado,

Com a alma apagada, obsoleto e jogado,

Na derrota que oprime e faz prisioneiros.

No fundo do poço da malograda coragem,

Tua vida é o preço, a fraqueza a estalagem,

E a vitória uma agulha no vasto palheiro.

IGOR TENÓRIO LEITE

12/02/06

Igor Tenório Leite
Enviado por Igor Tenório Leite em 08/06/2007
Código do texto: T518252
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.