Talento sobre todas as formas...
Muito se tem falado
Sobre o talento das pessoas
Esse mesmo que povoa a rede
Seja qual for sua forma
Muito se tem criticado
Artifícios de glaciais regras
Sobre essa prática com as palavras
Sujeita a tantas fases
Memória de tantos princípios
O faz-de-conta nonscense
Entre os âmagos entrecortados
Para que gostaria de lembrar
O que brota pelo galho e a terra
Flexões nos músculos das mãos
Muito se tem falado como liberdade
Que a própria expressão vem e exige
Entre aquilo que se pode
Na parede do que se deve
Entre a força, o respeito e a falta do mesmo...
Como se flores de plástico fossem
Amanhã de opiniões terçãs
Cujo abstrato o papel tudo adere
Como se o era uma vez fosse a dica de sucesso
Muito se tem chorado como partidas
Para que o além-mar fosse aquele paralelo
Qual barqueiro que se conduz
Com ou sem moedas o destino que condiz
Da seca galega até a Mesopotâmia
Qual Nabuco que o jardim suspende
Novamente a memória se espraia
Outra hora que vaga entre a madrugada
Todas as faltas que a mão presencia
Muito se tem falado do bem feito
Que a pilha do malfeitor desvanece
Da gota que cada lágrima perfura a face
Entre bagulhos e baratas qual seja o cais
A linha que divide o que é a paz
Tantas são as balas perdidas na noção
Que a palavra emudece outros talentos
A maldita prevaricação do assunto
Como se a cor fosse algo mal escolhido
Sem bem entender outras diferentes
O lampejo que pouco se tem falado
Esconde o humano ser de si mesmo
Para revogar o vocábulo que sucinta
Razões entre desobediências aprisionadas
Daquilo que se julga respeito e clareza
Que a ofensa é uma carga barata
Que cai pela terra na paga da desculpa
Assim se suplanta tudo aquilo que se tem
É, é o velho chamado do talento,
Mesmo para tudo que como nuvem vai e vem...
Só falta lembra de mais um coisa
Assim como certo principio
De que talvez mais do nunca seja preciso...
O ser humano voltar a ser humano.
Peixão