Câmera Cega

O azul da luz

da parede, do vestido a transparência

O dourado da pele

o rosto selvagem, o tato

os lábios que morde, diz, escreve

porque não vejo

se atreve a pegar minha mão

conduz, ensina o ato, braille

lendo lento teu corpo magico

com os olhos da imaginação