ESPERO
Espero, igual garça triste pairando à beira do rio
Acalento um pálido riso num momento muito frio
E se me falta o riso à face mesmo assim ainda rio.
Em estradas sinuosas por vezes tortuosas avanço,
O caminhar é longo mas não paro nem descanso
Ainda que cansado esteja insisto, persisto e alcanço.
Espero por aquilo que talvez nem mais venha
Ou ainda o que achei que tinha e não mais tenha,
Quem me sorria outrora e agora me desdenha.
Ante a realidade antes clara e agora nebulosa
Sigo numa senda a cada dia mais misteriosa.
Prossigo na via de uma curva, acentuada, sinuosa...