O FADO MORA AQUI!
O fado mora aqui na minha rua
E já o elegi por simpatia
O fado mostra a sina que é tua
E leva na viola…a poesia!
O fado mora dentro do meu peito
E é ele que me dá voz à razão
Depois do ter sentido e ser o eleito
O fado não me sai do coração!
Quando vai passando onde eu moro
Não nega também ali… querer morar
Se as mágoas que ele canta… eu as choro
Nas cordas da guitarra…a trinar!
Por entre a calçada lá da rua
Há vozes entoando o seu primor
Que o fado quando é noite afaga a lua
E é cantado até…com mais amor!
Enquanto o fado morar aqui
Alguém nunca o deixará morrer
É como um poema vindo de ti
Da boca que me dá maior prazer!
Abriram-se as portas já fechadas
Que teimavam em que o fado não entrasse
Mas ele que é teimoso, em desgarradas
Entrou sem que ninguém o autorizasse!
Instalou-se de mansinho e ficou quedo
Esperando chegar à sua meta
Agora mora ali sem qualquer medo
E hoje entrou na vida…do poeta!