O tempo, e suas emboscadas
Subjuga minha suficiência,
Sinto a emoção derrocada,
Minh’ alma sem resistência
 
Nem presente, nem passado,
Nem ideais a defender,
Estarei num tempo findo
Aonde nada parece acontecer?
 
Eu que fui tão sonhadora,
Incendiária e vibrante,
Ilimitada e arrebatadora,
E agora quase inoperante...
 
Que mulher é essa, que se furta
Que se limita e mescla a vida,
E os seus desejos encurta?
Acorda! Grite e será ouvida.