Tato
Que a mais solene mão
repouse no meu ombro,
que percorra meu rosto,
que repouse.
Um pássaro quando
repousa sobre o galho,
repousa tão suave
que o galho nem balança;
mas o galho já não é só ele:
o pouso do pássaro deu-lhe existência.
Assim me sinto
quando uma mão
repousa no meu ombro
ou quando percorre meu rosto;
existo.