Excusas

Desculpe

Que a minha mão embalava seu sonho não sabia

Que a voz minha ninava o adormecer tampouco.

Desculpe

Que o som dos meus passos fazia seu dia começar sabia

mas não que minha ida tornava o silêncio ensurdecedor

Parar seu tempo não tinha a intenção

Marcar a ferro lembranças não queria mesmo

Rolar a seiva de sua dor não desejava

Desculpe

As excusas desses olhos solitários aceita

E desse músculo embriagante tão ardil, as desculpas

À portaberta, o odor segunda pele lança fora

E resigna-se a um novo ardor, sutil paixão.