HÁ POUCAS PALAVRAS EM MINHA RUA
Mas há poucas palavras em minha rua,
E teimei em ser poeta,
Em casa a um vazio entres meus olhos e os olhos dos meus irmãos,
Deixai que sejamos livres, sem feridas...
E uns e outros desfazem a própria sutileza,
E agreste é um estado morno!
Mas há poucas palavras em minha rua,
Como fui feliz em andar descalço,
Minha pele cheia de poeira era esse chão,
Torrado, fincado, estático.
Poeta!
Mas há poucas palavras em minha rua,
Nem por isso posso ficar triste, poucas palavras há nos homens,
E ser poeta, é grande o castigo não o alivia,
Quem sente as dores do mundo,
Por sina, é um lutador.
Mas há poucas palavras em minha rua,
Deixei, Poucos são os sem mascaras,
Em casa sou tão outro,
Há, busco outras ruas,
Mas há poucas palavras em minha rua,
Estranho, entendo toda fala,
Minha rua fala só umas palavras,
Como a verbos nessa minha rua,
E conjugar é querer está!
Há poucas palavras em minha rua...
Ver, Salgadinho é minha cidade,
Onde bebo um termo novo sem traços de nós nessa nossa cidade.