O medo
Meu medo hoje
é que eu exale perfumes
que não deixem flagrâncias
suaves, nem marcantes.
mas sejam somente um instante de frenesi
que minhas palavras
eclodam apenas monólogos.
E que minhas forças
sejam vãs
E não ajudem
a limpar as vistas,
nem a amenizar
as insuportáveis dores
de alguns tantos sofredores.
De resto
Sou apenas Ana
Uma entre tantas outras.
Tentando não pintar
Um quadro incompreensível
de cruéis situações.