O medo

Meu medo hoje

é que eu exale perfumes

que não deixem flagrâncias

suaves, nem marcantes.

mas sejam somente um instante de frenesi

que minhas palavras

eclodam apenas monólogos.

E que minhas forças

sejam vãs

E não ajudem

a limpar as vistas,

nem a amenizar

as insuportáveis dores

de alguns tantos sofredores.

De resto

Sou apenas Ana

Uma entre tantas outras.

Tentando não pintar

Um quadro incompreensível

de cruéis situações.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 22/03/2015
Reeditado em 22/03/2015
Código do texto: T5179059
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