SAUDADE
É cortina unindo-se frente ao tablado
Esconde a cena, mas não a alegria.
Pode ser céu nublado
Escurece, mas não finda o dia.
Seria noite sem luar?
Escura, mas ainda bela de se ver,
Ou será, chuva sobre o mar?
Cai sem ter pra onde correr.
Um tornado devastador?
Leva tudo sobre teu véu.
Espalha o teu terror,
Mas no fim vem claro o céu.
Não posso precisar o que é.
Às vezes chega a me doer
Feminina como mulher
Só morre se posso lhe ter.
Saudade.
Kelver Orozimbo
21/07/2012