Era de Paz...

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Cessaram os ventos.

Algumas árvores ainda jazem

Quebradas,

Com fraturas expostas

E sem emendas

Na floresta.

A dura tempestade de granizo

É aviso do amanhecer do sol

Para todas as enxovias.

Pelos sistemas viários,

Já não transitam tanques

Nem carros blindados.

Passou a guerra.

As pessoas ainda reagem com reflexos de medo

E modos de agressão.

Pura defesa

De que não precisam mais...

Descondicionam-se.

No céu, descubro muitos cruzeiros do sul,

Mas só um deles é a constelação

Formada de 54 estrelas

Que a maioria das pessoas

Vai morrer sem ver

E nem ao menos saber...

Os homens cansados estarão em forma!

As crianças brincarão nos terreiros e nos terraços...

Em busca de sustento, os jovens sairão às ruas

Por onde desfilou a meretriz esquecida

Com cânticos noturnos,

Desejosa de ser lembrada...

As jovens gostarão de suas casas,

Novas estufas onde existe amor

E se estufam os ventres

Para a geração de amanhã.

Da guerra,

Não se tem saudade.

O clima inspira saúde – É a paz.

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 07/06/2007
Código do texto: T517755