MIRTES E A ORDEM DO VENTRE
VASTUS
Os mistérios são
elementos
do desconhecido
o que permanece
fica entre prantos caídos
fantasmas se erguidos
acusam o algoz
a vingança
desce feroz
nas “noites sombrias”
esquecem dos vestígios
o que tem origem
onde todos dormem
não fascina
os permitidos
das eras
são vultos animados
na lembrança vinda
o culto da ordem
desabrocha
“flores mortas”
o renascer do novo
tem um gosto
de inverno prematuro
espelho de mundo
gritos no abismo
profundo
sempre ecoam
transbordam lamentos
querem os sulcos
da terra cravados
por seus nomes
símbolos
“cercas vivas”
ultrapassam futuros
prendem os desavisados
que apenas lutam
pelo trigo
ceifas de verão
não verão nada ainda
Lilith a rainha condenada
pelos deuses
amargura de espectros
ventre livre
sem alcance divino
“oráculo de Pândora”
caixa ataúde de pedras
recebe sua alma
o imortal é um sonho
acordado
vendo estrelas caindo
sabe dos horizontes
e a fonte de tudo
que está vivo
as “esferas” do limbo
que caem
sementes plantadas
que não crescem
p’ra ser “alimento”
são venenos
querendo o ontem
por imagem refletida
logo à frente
irá encontrar o túnel
e a pequena luz
que não alcança
os terrenos bebem
as vontades oferecidas
são a lança
dos deuses
e bestas famintas
aos pés do carvalho
onde a pedra se lapida
com a força do rio
que corre ao encontro
de netuno
leito de espera
escolhido
pela grande deusa
sangue de inicio
videira permitida
absorve o todo
ainda selvagens
das torres erguidas
por loucuras e devassos
há um tempo precioso
o “frio” é um tempero
de feras indomadas
quando aquece
fluidos secretam verdades
máscaras passagens
se abrem
o banquete é a doma
criada
e foi esquecida
Lilith permanece
insólita
partos de luz
explodem no corpo
marcas revoltas
abrigam sentidos
com vontade de segredo
querem ser antigos
vivendo
no alto de colinas
montanhas da terra
que o tempo fundiu
vulcões adormecidos
tentam acender o “fogo”
sugando virgens
querem permanecer
no jogo
Lilith emana risadas
longínquas
quem as ouve
pesadelos semblantes
em sonhos
olhos vermelhos
luas de sangue
brilham no rosto
o que é impostor
não engole salivas!
MIRTES AND THE ORDER OF THE WOMB
Vastus
The mysteries are
elements
the unknown
The remaining
is between tears
Fallen
ghosts raised
accuse the executioner
revenge
falls fierce
the "dark nights"
forget the traces
which originates
where everyone sleeps
not fascinate
permitted
the ages
are animated figures
in coming remembrance
the cult of order
blooms
"Dead flowers"
the rebirth of the new
have a taste
of early winter
mirror world
cries the abyss
deep
always echo
overflow laments
want the grooves
the spiked land
by name
Symbols
"Hedges"
beyond future
hold the unwary
only fight
by wheat
summer reaping
not see anything yet
Lilith the doomed queen
by the gods
bitterness spectra
free belly
without divine range
"Oracle of Pandora"
stone coffin box
receives his soul
the immortal is a dream
awake
seeing stars falling
know Horizons
and the source of everything
that is alive
the "ball" of limbo
Falling
planted seeds
non-growing
p'ra be "food"
are poisons
wanting yesterday
by reflected image
just ahead
will find the tunnel
and the little light
which does not have
land drink
those offered wills
are the spear
Gods
and hungry beasts
the Oak feet
where the stone polishes
with the force of the river
that run to meet
neptune
waiting bed
chosen
the great goddess
initiation of blood
vine allowed
absorbs all
still wild
the towers erected
by follies and fornicators
There are valuable time
the "cold" is a spice
of untamed beasts
when heated
secrete fluids truths
masks tickets
open
the banquet is the tame
maid
and was forgotten
Lilith remains
unusual
light births
explode in the body
brands revolts
house senses
with secret will
want to be old
living
on top of hills
Land mountains
the time merged
dormant volcanoes
try to ignite the "fire"
sucking virgin
want to stay
the game
Lilith emanates laughter
distant
who hears
nightmares faces
in dreams
red eyes
blood moons
glow in the face
what impostor
does not swallow spittle!!