DESPEDIDA

Enfim chegou o dia de despedidas.

De lágrimas nos olhos, aceno na partida.

De saudade que dói no peito

Por lembranças que ainda não são sentidas.

De abraços apertados e beijos na saída.

E uma dúvida no peito,

Será que a saudade que levo

É a mesma por todos sentida?

Olho mais uma vez a casa.

O fogão, a lenha ainda arde em brasa.

O cãozinho dorme parece que sonha ter asa

O rio lá fora chora, é um lamento triste.

Da janela vejo, suas águas correndo

e elas vão embora...

assim como eu, parece que estão sofrendo.

No alto do morro vejo a estrada

Ela ri do meu desespero

Enquanto serpenteiam suas curvas

A mata vai desaparecendo

E a cidade que estava longe

Aos poucos em minha vista vejo,

Está vivendo.

E tudo que vivi virou sonho

Mas a realidade transforma tudo tristonho.

Espero que tudo passe rápido.

E que o retorno seja breve.

Que o frio de minha cidade

Não transforme tudo em neve!

Arlete KLENS

ARLETE KLENS
Enviado por ARLETE KLENS em 20/03/2015
Reeditado em 26/03/2019
Código do texto: T5177346
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