NÉSCIO

Confesse teu medo

Diante da Vestal

A revelar-te em sonho,

Encha de coragem

E afasta de vez

Esse jeito covarde

A sobrepor – lhe o sentimento.

Sorva com avidez

A taça que transborda,

E descansa em paz

Ao externar o teu momento.

Simule o desejo diante da vaidade,

Transporta – te de vez

Nessa mudez da morte,

E embale no peito o som

De tua própria ignorância,

Pois assim agem os fracos.

CRS 07.06.07