UM POEMA PRA ELA
Guardei na gaveta
o papel, a caneta
debrucei-me na mesa
sem nada escrever
não havia história
sem mais nem porquê
Debruçada fiquei
horas a finco
apenas ouvia
a chuva no zinco...
Ao sessar da chuva
corri a janela
ouvia ao longe
o sino da capela...
E lá, estava ela,
vestida de branco
casava a donzela
levava nas mãos
rosas amarelas...
Sem perceber,
sem nada dizer
senti florescer
um simples
poema pra ela.
.SONIA BRUM.