abandono velhos escombros
abandono velhos escombros,
deixo os quadros na sala;
ficam pra trás os tombos,
jogo poemas sujos na vala.
preencho os tantos rombos
fugindo da paz que é rala;
escapo pela porta dos fundos
do que me serve de bengala.
reinvento novos sonhos
e uma liberdade que salva;
trago memórias nos ombros
e muitos amores na mala.