NADA CONTINUA...

Nada, amargo ou doce, desse instante

Terá mesmo sabor no outro dia

Pouco vale a nobreza de um infante

Se no peito não pulsa galhardia

Cada situação com seu intento

Não importa o que venha oferecer

Assim navegam no fausto firmamento

Nossos anseios, ou o que possa parecer

Se vi estrelas por demais... cadentes

Num universo lúdico, virtual

Desejo de nos cintilar, contentes...

Veios de amor, quimeras... coisa igual...

Serias capaz dizer-me gora

Ante tudo aquilo que fizemos

Que mais proporcionou a vida outrora

Além da nítida incerteza que vivemos?

Não adianta hesitar estando errado

A verdade é sempre o ponto derradeiro

A sorte não reserva seu bocado

A quem não se presta verdadeiro

Embora perdure a esperança

Pra que fingir: Ta tudo mal ou tudo bem?

Seguro e certo, mesmo, só a mudança

Na dura e simples vida que se tem.

josafá bonfim
Enviado por josafá bonfim em 19/03/2015
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