NADA CONTINUA...
Nada, amargo ou doce, desse instante
Terá mesmo sabor no outro dia
Pouco vale a nobreza de um infante
Se no peito não pulsa galhardia
Cada situação com seu intento
Não importa o que venha oferecer
Assim navegam no fausto firmamento
Nossos anseios, ou o que possa parecer
Se vi estrelas por demais... cadentes
Num universo lúdico, virtual
Desejo de nos cintilar, contentes...
Veios de amor, quimeras... coisa igual...
Serias capaz dizer-me gora
Ante tudo aquilo que fizemos
Que mais proporcionou a vida outrora
Além da nítida incerteza que vivemos?
Não adianta hesitar estando errado
A verdade é sempre o ponto derradeiro
A sorte não reserva seu bocado
A quem não se presta verdadeiro
Embora perdure a esperança
Pra que fingir: Ta tudo mal ou tudo bem?
Seguro e certo, mesmo, só a mudança
Na dura e simples vida que se tem.