Eu juro, não me importaria.

Queria te trazer rosas, flores e jantar.

Não reclamaria se me

Deixasse de lado, se me olhasse calado, se me tratasse com desdém. Se fingisse me ouvir, se me tirasse daqui, que importa, meu bem?

Não me importaria de entrar pelos fundos e de ficar na despensa. Nem de ficar esperando por horas no sofá da sala, não, meu bem, não me importaria.

E se nem me tocasse, e se não me olhasse, se não me notasse, meu bem, não me importaria quase. Nem tampouco me importaria de lhe fazer massagens, de lhe fazer carícias e te dar presentes. Não me importo de barbear seu rosto, de lhe marcar o contorno com os dedos meus; de lhe fincar os olhos; de te pegar no colo e te fazer meu bem. Não me importa o fato de estar enganado quando diz que me ama. Ou de estar ao seu lado, coladinha na sua cama.

Posso te levar café no quarto e me trancar no armário a tempo de observar o seu sorriso, de lado. Vai que um dia, talvez, sei lá, você acorda assim menos sério, e decide enfim me amar?