Fatos
O rio corria sangrento
O rio morria nas sombras
Sentia ele nos lábios
o gosto da noite gélida
Se afogava e se contorcia
E enquanto ainda se percebia
Nem chorava, nem sorria
Partia sem um manto, sem sapatos
sem ensaios, sem abraços
Vi o rio morrendo nas curvas do tempo
Morreu! Morreu o rio...
Como se a eternidade da existência
fosse apenas um simples segundo.