Fatos

O rio corria sangrento

O rio morria nas sombras

Sentia ele nos lábios

o gosto da noite gélida

Se afogava e se contorcia

E enquanto ainda se percebia

Nem chorava, nem sorria

Partia sem um manto, sem sapatos

sem ensaios, sem abraços

Vi o rio morrendo nas curvas do tempo

Morreu! Morreu o rio...

Como se a eternidade da existência

fosse apenas um simples segundo.

Simone Stone
Enviado por Simone Stone em 18/03/2015
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