Rasuras

Rasuras

Febril o poeta delira em versos

Desconexos em suas trêmulas mãos

Criando mundos tão controversos

Opostos entre alegria e desolação

Rasurando com a pena o papel

Resquícios da sanidade existente

Maculando linhas, rima fiel

Perpetuação heroica inconsciente

Ferindo seu único amigo

Tingindo sua pele a seu sabor

Criando nasce seu seguro abrigo

Sob estas linhas, livre do terror

Ao fim, acompanhado por vinho

Sob a penumbra a delinear

Sorri solitário e segue seu caminho

Feliz pelo seu mundo esboçar

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 17/03/2015
Código do texto: T5173627
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