OBSERVANDO

Ela enchia o carrinho de compras,

Com a calma inerente à idade.

Absorta, consciente e distraída.

Radiava, sem saber, tranquilidade.

Eu olhava suas mãos em movimento,

O seu rosto com a face tão marcada,

Os cabelos branqueados pelo tempo,

E a coluna já um tanto encurvada.

E então ela olha em meus olhos.

(Tanta história naquele olhar!)

Não pude conter um sorriso,

Fiz menção de aproximar.

Ela veio até a mim...

Abraçou-me de forma singela.

E falou que sentiu meu carinho,

Na maneira de olhar para ela!

O seu nome? Eu não sei.

Mas chego a um ponto conclusivo:

Quem tem pouca ou muita idade,

Consegue ser tão expansivo!

Claudia Jeveaux
Enviado por Claudia Jeveaux em 17/03/2015
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