MIRTES E A ORDEM DO VENTRE
AS TÁBUAS QUEBRADAS
 

O carvalho da pedra
Plantado nas eras
formosura de folhas
Raízes profundas
Tronco robusto
Despertava o sombrio
Da pedra talhada
Banhada
Na beira de um rio
Correnteza de ventos
Assovio de abismo
Contava histórias
Poucos entre os muitos
Ninguém sabia
O frio possível na floresta
Era um calafrio
De horizontes cercados
Como cervos
 os terrenos
Chamados vassalos
Do reino
Tinham suas casas
O sol que amanhecia
Nas tardes
Traziam as Raptoras do vale
As velozes arqueiras
Destemidas valentes
Ninfas do oriente
 as hábeis tecelãs-reais
Morenas como a noite
Vingavam os desatinos
Destinos
De quem não nasceu
Da guerra
E a guerra que faziam
Criava ilhas
As pilhas que faziam
Os soldados do castelo
O ouro as pratarias
E o tão caro
 lápis-lazúli talhado
em esculturas
onde a Ankh se via
símbolo da rainha
entre todas
a única que dormia
o sono dos permitidos
frutos das rapinas
Deixavam apenas
Como única recompensa
Todos eles vivos
Escutaram um hino
Conhecido
Vindo de longe
Um monge numa toga
Escura e sem rosto
Sentou-se
Perto de onde
Estava a fogueira
Queimando medos
E infortúnios
Nada dizia
Escrevia um circulo
E dizeres antigos
O que riscava
Ofendia o corpo
Dos próximos
Como o ferro
Marcando á fogo
Se ouvia palavras
Fantasmas no alto
Da colina
Uma das meninas
Entre o povo
Se aproxima
Pelo aroma
do alecrim do campo
E lavanda
Escorrendo
Pelas mãos escondidas
Retorna espanto
Todos avante
Chamem as Raptoras
É um velho bruxo
Quer roubar crianças
Espada em punho
Deverá expulsar
O vestígio que assusta
Quem traz o aroma
Da morte
Aos trigos plantados
Não deve comer
Entre nós
Astuta desmonta
Do andaluz malhado
Cravando sobre a terra
Sulcos de cólera
O fio que corta
Se aproxima
Desafiando o mago
Que não termina
Sua estada
um derrepente
comove a todos em volta
espada atirada
com destreza
e a frieza da toga
retirada
surge adagas cortantes
o algoz de bronze
se despedaça ao chão
no circulo desenhado
tornam-se
velas brilhantes
o claro da imensidão
se mostra á todos
a veneração recorda
dias de luto
 o “fruto” que nasce
Pólen das Eras
Abre um elo nos céus
Sobre um portal
Do antigo templo
Destruído
Sobe de costas
Devagar sobre escadas
Nos degraus de limo
Vira-se sorrindo
O poder das trevas
Irá descer primeiro
O sol se avistará
Sobre o mar de Netuno
Quando as luas
Forem minhas
O que havia perdido
Num sempre desejado
Adormece medos
E a sede de tempos
Vingados
Lilith vigorosa
Grito aos destemidos
O que emana luzes
No futuro
Crescerá na grande videira
Sou quem planta
Quem colhe
Quem destina
A menina valente
Que traz um felino
Cor da noite
Entre os braços
Lilith percebe o caminho
Da ascendência
Estranha
Nos encontramos
Quando desabrochar
O novo desafio.

MIRTES AND THE ORDER OF THE WOMB
THE BROKEN BOARDS


Oak Stone
Planted in the ages
leaves of beauty
Deep roots
Robust trunk
Aroused the dark
The carved stone
Bathed
At the edge of a river
Current wind
Hoot abyss
He told stories
Few among the many
No one knew
The possible cold in the forest
It was a chill
Pens horizons
As deer
 land
Called vassals
The kingdom
They had their homes
The sun dawning
In the afternoons
They brought the Valley Raptoras
The fast archers
Brave fearless
The east nymphs
 the weavers real-skilled
Brunettes like the night
Avenged the follies
Destinations
Who was not born
War
And the war that made
Created islands
The cells that were
The castle soldiers
Gold the silverware
And so expensive
 lapis lazuli carving
carvings
where Ankh was seen
Queen symbol
of all
the only sleeping
the sleep of allowed
fruits of prey
They left only
As only reward
All of them live
Heard a hymn
Known
Coming from far
A monk in a toga
Dark, faceless
Sat
Near where
Was the fire
Burning fears
And misfortunes
Said nothing
Wrote a circle
And old sayings
What scratched
Offended the body
The next
Since iron
Marking will fire
Was heard words
Ghosts on top
The hill
One of the girls
Among the people
Approaches
By aroma
the field rosemary
And lavender
Dripping
The hands hidden
Returns amazement
All forward
Call the Raptoras
It is an old wizard
Wants to steal children
Sword in hand
Should expel
The trace that scares
Who brings the aroma
Death
Planted to wheat
Should not eat
Between us
Artfully dismounts
Tabby Andalusian
Nailing on earth
Grooves of cholera
The wire cutting
Approaches
Challenging the magician
That does not stop
Your stay
one suddenly
moves all around
sword thrown
deftly
and the coldness of the toga
withdrawal
appears sharp daggers
the bronze executioner
smashing to the ground
the drawn circle
become
glowing candles
the course of the immensity
shown will all
the veneration recalls
days of mourning
 the "fruit" is born
Pollen of Ages
Open a link in heaven
About a portal
The ancient temple
Destroyed
Climbs back
Slowly on stairs
In the limo steps
He turns smiling
The power of darkness
Will go down first
The sun will sight
Sea Neptune
When the moons
Are my
What was lost
An ever desired
Falls asleep fears
And the seat of times
Avenged
Vigorous Lilith
Cry to fearless
What emanates lights
In the future
Grow in large vine
I am who plant
Who reaps
About intended
The brave girl
Bringing a feline
Color of night
Between the arms
Lilith realizes the way
Ancestry
Strange
We met
When bloom
The new challenge