Anterior e Hoje-mente
Anterior,
A mente estava inebriada
De poesia vivida e cantada.
Antes de pensar em coisas novas, desmedidas,
Sem soneto, epígrafes e harmonia,
A morte simplesmente enterrou os corações que cantavam o belo
E a maestria de um palco vulgarizou o presenteado encontro.
Outrora, cantavam-se as mais lindas estrofes...
E hoje, ah, hoje!
Há ensaios de diminuir a gente
Diante de um povo tão carente
Que prefere desmentir o que sente
E se entregar ao grosseiro falar.
Só sei que no coração e na mente
Há a necessidade do completo poema antigo e eterno, ser sentido e tocado
Pois o que se tem para hoje começa e termina no paladar.