BABILÔNIA

Começa assim/

O Estado não vai a periferia/

Quando o povo precisa desse estado/

Recebe quinquilharia/

A hora é de fazer/

Pois as famílias já não educam/

As damas são prostitutas/

A sociedade visa coisas e o prazer/

Moldam suas vidas pela tv/

Todo mundo está ligado/

Como animais amestrados/

Todo mundo tem querer/

E sem saber o que fazer/

As meninas querem ser meninos/

Os meninos querem ser meninas/

Por puro lazer/

As escolas não ensinam/

O Estado é o rei/

O clero continua rezando pela alma/

Hoje os Burgueses, só fazem enriquecer/

Enquanto como praga enfraquecida/

O povo paga só pra ver/

Na nova era/

Temos que nos ater/

Os traficantes são a lei/

Os servos da políticas são corruptos/

Bandidos absolutos/

Enquanto adolescentes querem ser gente/

Matando pessoas inocentes/

Caminhando pelas ruas impunemente/

Contradizendo a voz da bandeira/

Mãe quando eu crescer/

Nem sei o que vou querer ser/

Mas acho que vou ficar a margem da sociedade/

Para ter coragem/

De impor também o meu poder/

Visto que Deus é apenas omisso/

Os heróis são lançantes/

Não passam de mitos/

A multidão louca é mirabolante/

É já tem gente ousando dizer/

Que a lei é só para os pobres/

Quem preza pela verdade/

Tem que se curvar/

A necessidade/

Pois a nova ordem que emana da cidade/

Dizem-me que o errado/

Justifica o ser e o ter/

É o certificado da justa medida/

Mesmo assim/

Antes de entrar para irmandade/

De queimar o justo na fogueira santa/

Gostaria de saber por que/

Em nossa eternidade/

Mentir vale mais do que a verdade/

Alguém bebe fel quando tem cede/