Liberdade de criança
Grande foi sua expectativa
Em aprender logo a voar
Mostrando asas expressivas
Quando o sol vinha brilhar.
Amanhecia bem contente
Com a ideia de aprender
Uma luz em si comovente
Teimava em aparecer.
Com um pincel desenhava
O mar e um lindo barquinho
Um peixe que apreciava
O voo de um passarinho.
Tinha em si liberdade
De colocar bico em peixinho
Criava com naturalidade
Elefante como chapeuzinho.
Brincava com boi de bucha
E com peixes de rabinho
Na mangueira tinha ducha
Na árvore um passarinho.
Mostraram-lhe um castelo
Com vidros por todo lugar
Seu peixinho amarelo
Agora só fazia nadar.
Seu inocente elefantinho
Deixou de ser um chapéu
Ficou preso num cantinho
Adormecido em seu céu.
Agora tudo que desenhava
Não tinha mais imaginação
Uma mão de vidro apagava
Seus sonhos com um borrão.
Mas um dia uma fadinha
Veio fazer-lhe companhia
Apontando-lhe uma varinha
Renovou-lhe a fantasia.
Os vidros foram destruídos
O sol voltou a brilhar
Sonhos foram reconstruídos
Mudando aquele lugar.
No castelo as fadas começaram
A ver com bons olhos o diferente
Novas linhas elas traçaram
Tratando a criança como gente.
Lu