Liberdade de criança

Grande foi sua expectativa

Em aprender logo a voar

Mostrando asas expressivas

Quando o sol vinha brilhar.

Amanhecia bem contente

Com a ideia de aprender

Uma luz em si comovente

Teimava em aparecer.

Com um pincel desenhava

O mar e um lindo barquinho

Um peixe que apreciava

O voo de um passarinho.

Tinha em si liberdade

De colocar bico em peixinho

Criava com naturalidade

Elefante como chapeuzinho.

Brincava com boi de bucha

E com peixes de rabinho

Na mangueira tinha ducha

Na árvore um passarinho.

Mostraram-lhe um castelo

Com vidros por todo lugar

Seu peixinho amarelo

Agora só fazia nadar.

Seu inocente elefantinho

Deixou de ser um chapéu

Ficou preso num cantinho

Adormecido em seu céu.

Agora tudo que desenhava

Não tinha mais imaginação

Uma mão de vidro apagava

Seus sonhos com um borrão.

Mas um dia uma fadinha

Veio fazer-lhe companhia

Apontando-lhe uma varinha

Renovou-lhe a fantasia.

Os vidros foram destruídos

O sol voltou a brilhar

Sonhos foram reconstruídos

Mudando aquele lugar.

No castelo as fadas começaram

A ver com bons olhos o diferente

Novas linhas elas traçaram

Tratando a criança como gente.

Lu

Lucineide
Enviado por Lucineide em 16/03/2015
Reeditado em 21/03/2015
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