de perto, atento, vigio teu sono

de perto, atento, vigio teu sono

e reagrupo o que nunca foi dito;

entre os incensos, mantras e rito,

olhos acesos, corpo em abandono.

enquanto dormes, deixo o outono

acalentar devagar teu rosto aflito;

decoro os traços enquanto resisto

ao teu semblante cândido e insano.

tu serás, pra sempre, meu dono

pra que sufoques todo meu grito,

assim pouco sofro e nem me agito

caso a angústia regresse ao trono.

Marcio Evair
Enviado por Marcio Evair em 15/03/2015
Reeditado em 21/04/2015
Código do texto: T5171258
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