de perto, atento, vigio teu sono
de perto, atento, vigio teu sono
e reagrupo o que nunca foi dito;
entre os incensos, mantras e rito,
olhos acesos, corpo em abandono.
enquanto dormes, deixo o outono
acalentar devagar teu rosto aflito;
decoro os traços enquanto resisto
ao teu semblante cândido e insano.
tu serás, pra sempre, meu dono
pra que sufoques todo meu grito,
assim pouco sofro e nem me agito
caso a angústia regresse ao trono.