BAHIA
Bahia de todos os santos
Bahia de São Salvador
Bahia da negritude
Do acarajé e candomblé
Majestosa, és tu
Berço do descobrimento
Pois quando Cabral aqui chegou
Encontrou muitas águas
Terras e florestas
O índio guarani
Que desta terra era dono e conhecedor
Morreu pelas mãos dos brancos
Que o substituiu pelo negro africano
De Angola, Moçambique
Benin, Nigéria e tantos outros.
Que vinham para serem vendidos
Como meras mercadorias
Leiloavam os mais fortes e robustos
Separavam de suas mulheres, de seus filhos.
No pelourinho eram apresentados e açoitados
Em frente dos brancos impuros de amor e humanidade
E a santa madre igreja assistia a tudo
De camarote e açoite
Com “a benção de Deus”
Valmir Vilmar de Sousa (Veve) 19.07.95