CIZÂNIA

Anos a fio de coexistência pacífica, perderam o seu valor afetivo.

E passaram a representar apenas, o pó que cobre antigas ruínas.

Páginas cujo conteúdo não foi digerido, não mais interessa.

Moeda da convivência, agora bastante desvalorizada.

Rachaduras de uma casa que evoluíram para profundas fendas,

Que expõem o seu interior ao olhar de qualquer transeunte.

E que revelam a fragilidade e as limitações da natureza humana,

Porém, não permitem a interferência alheia.

Perspectivas frustradas, incerteza somente,

Promessas quebradas, desconfiança e intriga.

Assento ejetado de uma aeronave em chamas,

Luta sem causa, guerra pedida.