A POESIA E A ALMA
A POESIA E A ALMA
A poesia é o despir da alma, expondo o seu escultural corpo lírico, o delineando em letras. Em cada curva, o encontro silábico na revelação dos sentimentos compõe as frases detentoras da emoção. No toque com a sensibilidade, a volúpia descreve os versos de conformidade com as vibrações existentes no sensitivo das ocorrências ou na singular sensação delirante do belo. No ardor das expressões, o suor dos pensamentos percorre sua silhueta em gotas, chorando as desilusões ou transpirando o amor. Qual brisa suave a abraça envolvendo-a nos ritmos dos boleros, parceria em comunhão romântica ou sentimental. Nesse comportamento, a poesia e a alma se tocam no improvisado das emoções deflagradas com ou sem pudor e como relâmpagos após o cair dos raios, a estremece em alaridos. São momentos vividos no qual a inspiração surge a galope sobre o dorso do coração explorando o campo fértil dos delírios entre as luzes dos sonhos. A inquietação da alma permite a poesia, a sua transparência.
JairMartins
14 de março de 2015 – 17h04