POEMA DE MIM!

Vou dar-te este meu poema

Que de mim foi arrancado

Agarrem nele com algema

E sintam-me como lema

Do pouco que é o meu fado!

Guiado pelas marés

E por ondas de fantasia

Percorro-o de lés- a- lés

Desde a ponta dos meus pés

Ao êxtase da poesia!

Assim na ponta dos dedos

Inicio esta jornada

Vou desvendado segredos

Encantos, mágoas e medos

De uma vida atribulada!

Subo até aos joelhos

Faço flexões a rigor

Mesmo sem pedir conselhos

Àqueles que são mais velhos

No peito…transporto Amor!

Abano as ancas, aflito

Estou a chegar à barriga

E este meu corpo esquisito

Não é assim tão bonito

Que à imperfeição…obriga!

Mais à frente tenho a boca

Os olhos e o nariz

Que me trazem vontade louca

Da essência que é tão pouca

Pra que eu possa ser feliz!

Vejo a testa a enrugar

O cabelo meio grisalho

De cabeça a rodopiar

Só já me quero livrar

E não cair no soalho!

Vagueei quase indolente

Dei a conhecer meus passos

Nesta viagem diferente

Desço abaixo novamente

Pra me enlaçar em teus braços!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 14/03/2015
Reeditado em 14/03/2015
Código do texto: T5169898
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