POEMA DE MIM!
Vou dar-te este meu poema
Que de mim foi arrancado
Agarrem nele com algema
E sintam-me como lema
Do pouco que é o meu fado!
Guiado pelas marés
E por ondas de fantasia
Percorro-o de lés- a- lés
Desde a ponta dos meus pés
Ao êxtase da poesia!
Assim na ponta dos dedos
Inicio esta jornada
Vou desvendado segredos
Encantos, mágoas e medos
De uma vida atribulada!
Subo até aos joelhos
Faço flexões a rigor
Mesmo sem pedir conselhos
Àqueles que são mais velhos
No peito…transporto Amor!
Abano as ancas, aflito
Estou a chegar à barriga
E este meu corpo esquisito
Não é assim tão bonito
Que à imperfeição…obriga!
Mais à frente tenho a boca
Os olhos e o nariz
Que me trazem vontade louca
Da essência que é tão pouca
Pra que eu possa ser feliz!
Vejo a testa a enrugar
O cabelo meio grisalho
De cabeça a rodopiar
Só já me quero livrar
E não cair no soalho!
Vagueei quase indolente
Dei a conhecer meus passos
Nesta viagem diferente
Desço abaixo novamente
Pra me enlaçar em teus braços!