TRUNCADA

O cheiro de solidão me apavora,

Estou submissa às minhas sensações,

Múltipla de faces, única na dor.

Quase agrido o meu ser com as minhas imposições – medo disfarçado de bem-estar.

O sol sai com dificuldade entre as nuvens da incerteza,

Que amanhã me espera?

Sou quase fraca,

Sou quase forte.

Tudo é um nada que se perdeu dentro de mim*.

Neste ar de hoje,

Respiro esperanças,

Grandes e infinitas esperanças.

Talvez um dia eu seja,

O total essencial de mim – não apenas a metade.

*Influência direta do poeta Fernando Pessoa

Gilquele Araújo
Enviado por Gilquele Araújo em 13/03/2015
Reeditado em 18/04/2015
Código do texto: T5168728
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