“Um fado calado”
Há em mim um fado calado
Adormecido à beira do abismo
Esperando um abalo, um sismo
Para despencar em lágrimas
Esse calado fado que me invade
É a melodia triste da saudade
Ao ter que deixar-te Lisboa
Tenho que partir
Mas não partirão dentro de mim
As lembranças alegres da tua gente boa
E daqui desse lugar de onde agora te vejo
Lembro que deixei cair nas águas do Tejo
Algumas lágrimas felizes ao sentir a paz que nas tuas ruas ecoa
E um dia sei que voltarei
Para os braços da rapariga que cá deixei
Antes que esse triste fado por meus olhos escoa
Varley Farias Rodrigues