Teatro de Ousadias Sexto Ato
Eu gosto de fitar essa chama
Luz e calor, câmera e ação
Transe, religião hipnótica
Desenho tribal sem definição
No final do dorso, equilibrista
Velha civilização a escrever seu nome
Com lírios canibais se comendo um a um
Tom sobre tom, sem desejo nenhum
Sem ambição, apenas inocência cálida
Deusa pálida que ao sul se ergue
E controla as marés, e rege os ciclos
Estátua tatuada, em ouro e vegetal
Alucinógenos servidos em velhos cachimbos da paz
Uma nova língua a destilar o amor
Em antigos poemas, em viagens sem fim
Em mares a serem cruzados
Ventos soprados por querubins
Mapa do tempo e espaço
Orgia